Sempre ao final
de cada ano procuramos fazer um balaço do que conseguimos realizar neste
período de 12 meses. Em
Ouro Preto, 2018 foi declarado como o ano do patrimônio
Cultural.
Nas postagens anteriores
escolhemos abordar alguns patrimônios considerados em risco, deslocando os
olhares dos aspectos meramente comemorativos para uma reflexão a cerca dos
problemas que enfrentamos no âmbito do patrimônio cultural.
Esta escolha não
foi feita de maneira aleatória e descontextualizada. Por sermos um elo
extremamente frágil desta corrente, no que tange o reconhecimento do valor
histórico, político e cultura das instituições custodiadoras de acervos
documentais, optamos por abordar os problemas, em meio a um momento de
celebração, tendo por objetivo marcar nossa posição no sentido da preocupação
com a salvaguarda, quer seja ela de um prédio tombado que se arruína pelo
descuido ou uma manifestação cultural que pode desaparecer caso os detentores
deste saber não o disseminar por falta de apoio do poder público, através do
reconhecimento do valor das pessoas com seus ofícios e fazeres, bem como a
deterioração de um documento que se perde por falta de reconhecimento do seu
valor para a história da sua cidade. Todos estes elementos são parte
constitutiva da memória, da história e da identidade dos povos.
No Arquivo
Público Municipal, apesar das dificuldades, este foi um ano de muitas
conquistas, que só se concretizaram devido ao apoio de nossos parceiros:
No âmbito da
Gestão de Documentos, conseguimos enfim dar os primeiros passos para construção
de uma política de Arquivos, com o início dos trabalhos da gestão de documentos
e da organização do arquivo intermediário, com a compra de mobiliário para
organização física e com a aprovação da reformulação da Lei de Gestão de
Documentos junto à Câmara Municipal.
A conservação
preventiva e a restauração cresceram em grande medida com o aproveitamento de
um espaço ocioso para instalação de um pequeno laboratório e abertura de vaga
para estágio voluntário para estudante de Conservação e Restauro da nossa
parceira FAOP.
Esta mesma instituição fez neste último dia 18 de dezembro a
entrega de vários códices devidamente restaurados que voltaram a estar
disponíveis para pesquisa. Trabalho de qualidade, essencial para a manutenção
do nosso acervo, garantindo a proteção e o acesso aos nossos consulentes às
informações neles contidas.
O Arquivo
permanente recebeu ao longo do ano doações de material de consumo obtidos através
da sensibilidade da Zulmira Campos, com verba oriunda de contra partida para
realização de espetáculos no Teatro Municipal de Ouro Preto, visto que não
possuímos verba específica para gestão do arquivo.
No primeiro
semestre recebemos a doação de duas leitoras de microfilmes, feita pela Igreja
Adventista com sede em
Contagem MG.
Em março recebemos o acervo digital que deu
origem ao livro “Agenor, o menino de Tripuí”. Em outubro nos foi doado, por
parte da Professora Francelina Drummond, uma coleção de microfilmes e de
impressos diversos do século XIX e XX. Conseguimos também o recolhimento do
Mapa de Medição e Demarcação das Sesmarias da Cidade de Ouro Preto, que se
encontrava no auditório do Gabinete.
Documentos dos acervos recebidos por doação |
Mapa de Medição e Demarcação das Sesmarias |
As ações de
educação e patrimônio ganharam novo ânimo com a nossa adesão ao Programa
Municipal de Educação e Patrimônio – Ouro Preto Meu Lugar- uma ação conjunta das
Secretarias de Cultura e Patrimônio, Educação e Turismo. Além das visitas
guiadas ao Arquivo.
São muitas
conquistas para comemorarmos! Nossa equipe agradece de maneira muito especial a
todos estes colaboradores. Desejamos um fim de ano especial e que o próximo ano
seja de muitas conquistas!
Postagem
e Revisão: Helenice Oliveira e Polyana Oliveira